Perambulando e descobrindo Santa Fé

Dia 09 (30/08/2019)
Milhas rodadas: 0
Dia de sol, céu azul, muito agradável

Hoje demos folga para Emilia e para a moto - fomos curtir o centro de Santa Fé caminhando.

Iniciamos o dia organizando tudo que não teve ou não terá utilidade na viagem. Fomos até o correio, colocamos o material numa caixa de papelão e despachamos para o último hotel em Los Angeles - pode parecer estranho, mas tudo somou 6 kg. Isso ajuda na organização das malas de viagem, reduz peso da moto. E’ muito útil e prático fazer desta forma.



Decidimos aproveitar a shuttle (van) do hotel para ir e voltar do centro da cidade. Quando estávamos indo ficamos sabendo de uma festa típica da cidade, que acontece uma vez por ano e decidimos participar. O nome da festa é Zozobra. Já falaremos dela.

Santa Fé teve forte influência espanhola e da igreja católica, que permanece até hoje. É aqui que estão a casa e a igreja mais antiga dos Estados Unidos.







Há  um elo forte com os índios que habitavam a região, que contribuem significativamente no desenvolvimento do artesanato e da culinária local. Há muitas jóias trabalhadas com prata e com pedras semi-preciosas, muitos trabalhos com miçangas e penas, há uma enorme quantidade de lojas, assim como muitos produtos sendo vendidos pelos índios nas praças e passeios públicos.







A influência forte na culinária vem com o uso (e abuso, em alguns casos) de chili, ou pimentas, nos mais diversos tipos de prato. É sempre recomendável solicitar “no spicy”.

A arquitetura também é marcante, e tem sido bem preservada pela cidade.






Constatamos o caminho original da Route 66 passando pela cidade, fizemos a foto abaixo, mas provavelmente amanhã não faremos este caminho. Há uma grande feira que ocorrerá no final de semana, o trânsito está bastante complicado. Além do que, 2a. feira (01/09) será feriado nos EUA (Labor day, dia do trabalho).



Caminhando pela cidade encontramos mais de uma winery - resolvemos parar nesta e conhecer um pouco sobre os vinhos produzidos aqui no Novo México. Fizemos uma degustação dos vinhos regionais e descobrimos que os vinhos daqui são produzidos há muito mais tempo do que os atualmente produzidos na Califórnia.




Decidimos comer e ficar na cidade até a hora da queima do Zozobra. O Zozobra é um boneco gigante, que representa todas as coisas ruins que aconteceram para as pessoas no ano anterior, e que é  queimado junto com um grande festival de fogos de artifício.



Este evento é  realizado anualmente, num parque que já foi um campo de esportes, reunindo um público que eu estimo em mais de 5.000 pessoas. As pessoas levam cadeiras de armar, existem várias barracas de comidas típicas que são servidas neste tipo de festa: milho assado (comemos um, muito bom), pão frito (receita feita pelos índios, quase uma massa de pizza que depois é completada com recheio de vinagrete, linguiça, molho de carne e chili), coxa de peru (imensas, assadas), hambúrgueres e cachorro-quente.







É uma festa que vai toda família, de crianças de colo a senhores de idade. Há shows de músicas  típicas, danças, lançamento de 600 bolas de praia para o público, é cantado o hino nacional americano (lindo e emocionante, tenho vídeo se alguém quiser) e no final é realizada a queima do Zozobra. Foi muito curioso e uma grande oportunidade de conhecer e vivenciar a cultura local e do país.






Amanhã daremos sequência à nossa viagem, botando o pé na estrada até o próximo destino. Será um trecho mais curto, mas aproveitaremos para conhecer um pouco mais desta cultura do Novo México.

Comentários

  1. Zozobra... Isso me lembrou a malhação do Judas!
    Muito bom ler seus posts. Estamos acompanhando. Boa viagem!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

The end... or until 2026 !!!